escritura


em meio à apatia e ao incômodo do lugar nenhum
emergem lembranças de quando você foi abrigo
e no (meu) mundo existiam abraços (e eu sabia pouco da solidão)

o difícil da vida
é que a gente vira fantasma no próprio corpo

e cada palavra é uma boia a evitar afogamentos

o problema da vida
é que as coisas estragam
e nem sempre há peças substitutivas

a gente quebra
se quebra

e cada palavra é uma tentativa de resistir
de (re)existir



Fotografia de Sanha Solhdoust




















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Aline, abril/2018.




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